terça-feira, 3 de agosto de 2010

Caso da Vida Real - II



Esposa de Detento

Ela estava em casa, dando entrevista para uma repórter de um canal da TV por assinatura, não me lembro o nome do canal, mas lembro-me, muito bem, da sua segurança ao falar. Seu marido havia sido condenado à 27 anos de reclusão, que deverá ser cumprido no Complexo Penitenciário Lemos de Brito.
Uma senhora culta que, agora, tinha a sua família desmembrada, fragmentada, como ela disse.
O pai, o marido, o amigo, o irmão, este ser único, com tantas atribuições e estigmas, encontrava-se preso por ter cometido um crime desnecessário e, juntamente com a sua punição, vem a punição para aqueles que o amam e o cercam.
E estas pessoas que ficam do lado de fora das muralhas da prisão, são as mais atingidas e a vergonha cria uma muralha invisível, detendo-as também, as muralhas da vergonha, do desrespeito alheio, da incompreensão, do julgamento errado, da discriminação e estas pessoas são tão vítimas quanto nós.
Mas o que mais me marcou foi quando ela disse que não sabia que uma chave na porta, após um dia longo e árduo fazia tanta diferença, agora que eles não tinham, pois antes não valorizavam.
Ela disse que a uma determinada hora da noite, ouviasse o barulho da penca de chaves e, logo em seguida, a porta se abria e lá estava ele.
Agora, isto lhe fazia tanta falta!

Aprendam a dar valor aos seus entes queridos, pois não sabemos até quando os teremos ao nosso lado. Não esperem a surpresa de perdê-los, mesmo que temporariamente, para querer tê-los.

Fiquem com DEUS!

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